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terça-feira, 3 de setembro de 2013

28 de agosto de 1963



    "I have a dream", eu tenho um sonho. Era Agosto de 1963. 

   Pronunciado há 50 anos, o discurso de Martin Luther King marcou o mundo, e ainda ecoa pelo planeta como um símbolo de liberdade e paz, um momento histórico único na luta pela igualdade de direitos e o fim da segregação racial nos Estados Unidos, que seria abolida um ano mais tarde, em 1964.

     Eu nunca ousarei dizer que sinto ou senti a dor de ser vítima dessa forma de preconceito, pois, penso ser imensurável, e apenas quem passou sabe mensurar, mas a dor que sinto é de tentar imaginar o que as vítimas da segregação racial passaram, e hoje, lamentavelmente de ser mal vista quando em relação afetiva com alguém que tenha um pouco mais melanina do que eu, ou até em relações de amizade, e se tornar um alvo do preconceito. Isso existe? Sim, é o preconceito velado, covarde e oculto, é absurdo, é vergonhoso, é para causar náuseas, mas saiba, de forma muito discreta ainda ocorre, e pode estar ao seu lado e você não sabe. Isso ocorre quando uma pessoa tenta desaprovar uma dessas relações com argumentos sobre nível social ou beleza; ou qualquer outra balela que não diria se se tratasse de alguém nos padrões "aceitáveis" pelo preconceituoso. É incômodo e doloroso ouvir a maldade humana nesse parâmetro, de forma que esse tenta lhe podar um sentimento, uma união ou uma amizade, apenas por concepções antiquadas, herdadas de ascendentes afetados por essa incoerência enraizada na "cultura" e costumes. Esse indivíduos, cegos e contaminados pelo ódio racial ainda existem, e na surdina tentam soltar seus tóxicos afim de encontrar quem compactue com suas ideias. É triste ter ciência de que tais indivíduos pararam no tempo, e ainda carregam a questão racial como nas décadas passadas, e pior ainda, ser alvo de seus venenos por viver independente de cor de pele, convivendo com o ser humano da forma que ele for, da origem que ele tiver, da cútis ou das feições que da nossa gama de variedades originou. 

    Não há como prever o fim do preconceito, mas é possível plantar boas sementes e contribuir com o futuro. 


"No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos".

Martin Luther King

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