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terça-feira, 30 de abril de 2013

Vírus comuns - Resfriado e gripe: doenças diferentes

Coronavirus (Resfriado)

   
     Os vírus são indivíduos formados por material genético e uma cápsula de proteína, e em alguns casos um envelope como envoltório extra, não formando célula, aliás, são muito menores do que uma, e são parasitas delas, principalmente as de animais. Em muitos casos, as doenças virais são de difícil tratamento, assim a  humanidade tem sido flagelada por doenças virais desde tempos remotos, e com o aumento da população, intensos movimentos migratórios, tanto de humanos como de animais como aves que o fazem instintivamente; a domesticação de animais, e a grande quantidade de criadouros; o risco de epidemias é sempre considerável, sendo que após a remota domesticação de camelos, carneiros, bois, porcos e aves, e o contato com suas secreções e excrementos, surgiram importantes fatores geradores de risco para a humanidade, e como se não chegasse isso tudo, convivemos com os arbovírus, vírus que são transmitidos por artrópodes como os mosquitos (dengue e febre amarela) que têm se adaptado nas áreas urbanas. O grande problema dos vírus, que têm dimensão muito pequena, é que eles podem sofrer mutações e outros rearranjos genéticos, deixando nossa espécie sempre vulnerável à novas infecções.   

Rhinovirus (Resfriado)


    Hoje eu quis discorrer sobre a gripe e o resfriado, muitas vezes confundidos, e também tendo suas causas confundidas com origem bacteriana e fatores físicos. Inclusive, estamos na época da gripe sazonal. A gripe e o resfriado são doenças com muitas semelhanças, porém são distintas. As duas doenças são de origem viral, e são transmitidas por meio de gotículas de saliva ou secreções nasais que inalamos oriundas de pessoas contaminadas com os micro-organismos causadores, sendo que apresentam como sintomas: cansaço, indisposição, dores musculares, corrimento nasal e inflamação das tonsilas em intensidade  variáveis.                                                                                                       
        O resfriado é geralmente mais brando que a gripe, e é uma infecção das vias respiratórias superiores, acometendo o nariz e a garganta, causando coriza, mal-estar, indisposição e febre pouco intensa ou ausente. 
O resfriado pode durar alguns dias ou semanas. Mais de um tipo de vírus pode ocasionar o resfriado, sendo os tipos mais comuns, os rinovírus e os coronavírus. O vírus destrói o revestimento interno das vias respiratórias, leva a vasodilatação das áreas afetadas causando obstrução nasal junto à coriza, diminuindo olfato e paladar. As reações imunológicas incomodam muito o doente, junto aos espirros e a tosse.
 Como não existe antibiótico efetivo contra os vírus, se faz o tratamento dos sintomas, oferecendo condições para a recuperação, tomando muito líquido, fazendo gargarejos, repouso, uso de analgésicos e antitérmicos.
    Mas quando se trata de gripe, os sintomas são mais intensos e podem ser até incapacitantes, com sintomas que surgem em até uma semana após a exposição ao vírus, e perduram por aproximadamente cinco dias. A gripe é comum em todas as partes do mundo, e é causada pelo vírus Influenza, que é um vírus de RNA da Família Orthomyxoviridae, altamente contagioso e com grande capacidade de mutação. Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois últimos acometem apenas a nossa espécie, sendo o do tipo C o mais brando e menos frequente. Já o Influenza A, é capaz de infectar diversas espécies animais, sendo também o responsável pelas epidemias e pandemias gripais. Este é classificado em subtipos, de acordo com o arranjo das moléculas de sua superfície , as hemaglutininas e as neuraminidases. Na gripe, a febre é mais intensa, assim como as dores pelo corpo, sensação de fraqueza e os incômodos no trato respiratório e tonsilas. Geralmente o corpo consegue gerar imunidade contra a gripe, mas pegamos outros vírus com variabilidade genética e adoecemos novamente, por isso que a vacina é diferente a cada ano.
Nos séculos XX e XXI ocorreram três pandemias: a gripe espanhola, entre 1918 e 1919, causada pelo H1N1; a gripe asiática, de 1957 a 1958, pelo H2N2; e a gripe A (gripe suína), em 2009, sendo o H1N1 responsável por ela.   
                            Influenza  (Gripe)

    Crianças até 23 meses de idade, idosos, portadores de doenças crônicas, pessoas imunodeprimidas, diabéticos e pneumopatas, geralmente estão mais suscetíveis a este vírus, uma vez que tendem a ter o sistema imunológico mais frágil e, por isso, os riscos de desenvolver complicações são maiores, como a pneumonia causada diretamente pelo vírus influenza (pneumonia viral); pneumonia bacteriana (quando bactérias se aproveitam da fragilidade do organismo e infectam os pulmões);  acometimento dos músculos (miosite) ou do sistema nervoso (encefalite ou polirradiculoneurite, por exemplo).

Dicas:
Sempre manter as mãos limpas, lavando com água e sabão, pois as mãos são importantes veículos para  patógenos;
Evitar quando possível, aglomerados de pessoas, principalmente se houver pessoas doentes nestes locais;
Quando doente, o ideal é utilizar máscaras, como se faz por exemplo no Japão, mas infelizmente aqui no Brasil esse hábito é incomum. 
Não deixar de vacinar-se anualmente, caso pertença ao grupo de risco (idosos, imunocomprometidos, profissionais da saúde, etc.).








Não se medique sem orientação médica, há muitas doenças com sintomas semelhantes, sempre procure um médico de sua confiança.
     








sábado, 27 de abril de 2013

Dois defeitos humanos


Distinção entre Megalomania e Narcisismo

  Citando Bertrand Russel, podemos facilmente distinguir a Megalomania do Narcisismo: "O megalomaníaco difere do narcisista pelo facto de que pretende ser poderoso ao invés de charmoso; temido ao invés de amado. A este tipo de pessoas pertencem muitos lunáticos mas também grandes homens da história."

Artist: Magritte, Rene (1898 - 1967)
Title: La folie des grandeurs II ( Megalomania)



Title: Echo and Narcissus, 1903
Oil paintings of magic realism in the natural world.



quarta-feira, 24 de abril de 2013

O CANSAÇO DA VIDA


   Em quase todos os dias de minha vida penso no desejo de me aposentar. A cada manhã de segunda-feira que vejo pessoas saindo rumo ao trabalho, sinto um cansaço e uma melancolia, de pensar na condenação de ter que trabalhar e driblar o sono por tantos dias na vida, para depois, morrer, simplesmente. As manhãs e tardes ensolaradas me ferem a visão, não gosto do dia, adoro a noite, tenho paixão ainda inflamada por ela, tenho vivacidade com ela, e não gosto de rodas de mulheres falando de enxovais, gosto de conversas descontraídas e não reprimidas. O pior é saber que vivemos nos desgastando para depois morrer, e pior, saber que a morte pode estar no próximo momento, na próxima quadra ou na próxima madrugada. Não que eu tema morrer, aliás, tenho até certa curiosidade de saber se existe o além morte, mas ainda me preocupo com aqueles que dependem de mim, e sei que ainda não fiz tudo que é necessário por eles, fora que se for para morrer que eu descubra um pouco mais a vida. Outros fatores que fazem minha mente cansar, é a leviandade das pessoas, o machismo e a incoerência em geral. Os homens continuam machistas, teístas ou ateístas, ignorantes ou (pseudo) intelectualizados, heterossexuais ou homossexuais, pobres ou ricos. Um dos mais tradicionais exemplos é o fato de demonizar o objeto de desejo, como se eu comesse camarão, coisa que adoro, e após a refeição dissesse que camarão é nojento, barato e nocivo. Eu comecei a questionar esse fato desde o início da adolescência, antes de saber o que era o sentido de ser macho e a origem desse comportamento. Hoje vejo homens que já passaram dos quarenta anos, agindo como garotos maledicentes, e outros não admitindo essa reflexão, ficando inconformados e acusando meu pensamento de feminismo exacerbado. Como hominídeos "racionais" deveriam melhorar, pelo menos após o tão esperado século XX. Outro fato que me abala muito, é aquele indivíduo simpático com todos, principalmente nos primeiros contatos, mas que depois não esconde sua face leviana, manipuladora, megalomaníaca e mentirosa, isso assusta quando acontece rapidamente, porque quando demora, apenas revela a essência humana, perigosa e predadora. 
    A mentira é um recurso usado pela maioria das pessoas, ou todas creio eu, e é aceitável porque precisamos dela de vez em quando, precisamos lançar mão dessa estratégia para evitar situações adversas, constrangedoras e alguns problemas maiores de natureza variada, não serei hipócrita de negá-la, todavia, existem pessoas que mentem após ter feito ou falado o ato perante você, e agem como se você fosse um(a) idiota sem memória. Ouço, ouvimos, ouviremos mentiras todos os dias, mas tudo em demasia cansa e é maléfico, então, tomemos cuidado com as nossas e as dos outros.
Talvez minha profissão esteja contribuindo para o desgosto de minha vida semanal, aliás, lecionar é um trabalho que muitas vezes lhe obriga a brigar para poder executá-lo satisfatoriamente, isso é ridículo, eu sei, pois você oferece um serviço para quem ainda não o deseja, e isso começou me matar aos poucos, ao mesmo tempo que me fornece condições que preciso, e por isso me mantenho nela. Mas sobre a nocividade desse trabalho, você não me ajudará recomendando que eu tente seguir a regra do "não ligue" porque não é possível, e dessa forma você se entregaria à negligência descarada, prejudicando alguns poucos indivíduos inocentes, e acabando com minha pouca decência, dignidade e objetivos. Uma das ocorrências que mais me consomem, é ser questionada quando uso nomenclatura adequada, sendo que meu objetivo é mostrar palavras e termos adequados e enriquecer o vocabulário alheio, e mais irritante ainda é quando o indivíduo reclama, dizendo preferir nomenclatura comum, vulgar, fácil. É uma desinteligência que me surpreende sempre e daquelas que não seguro a ira e me exalto com furor. Não negarei que também tenho bons momentos, alguns ótimos aliás, como conhecer jovens que são especiais e se tornam queridos e amigos, e até colegas maravilhosos, desde a tia da faxina até o professor de uma área bem diferente da sua, fato que é o que sempre me acontece. Eu escolhi fazer uma das coisas que desejei, mas não sei se isso é a tal da realização, talvez eu ainda precise de alguns anos para elaborar essa conclusão. 
    Outro fato que incomoda e é também curioso, é a famosa inveja, sentimento que parece ser mais comum na adolescência e que penso que quando perdura na idade adulta, me parece um importante desvio de caráter, mas sentir inveja tem fundamento e é até compreensível, entendo que se dá no desejo do objeto ou condição alheia, que deve ser muito melhor do que a do sofredor da inveja, contudo, o que me incomoda, são as pessoas que querem ser invejadas, e se declaram constantemente vítimas da inveja, e principalmente após o fenômeno das redes sociais, esses indivíduos iludidos têm brotado a cada página. A princípio é até cômico, mas depois fica enjoativo e até ofensivo, pois o criador da mania muitas vezes está redondamente enganado, e um indireta é como uma granada, atinge a todos, pois todos são passíveis e ali estão. Tudo isso somado as mazelas diárias e mundiais e o desgaste da maternidade, me mata aos poucos. Hoje consigo interpretar uma frase que eu lia quando criança: "ser mãe é padecer no paraíso", lembro de ter lido em uma revistinha da "Turma da Mônica", e passei a vida com isso na mente, e realmente hoje tenho padecido a cada dia, a cada momento que preciso interromper o sono alheio, me desgastar ordenando às tarefas de ordem e higiene e ouvir descontentamentos e rebeldias, além de não poder estudar mais e fazer outras atividades que poderiam melhorar nossas próprias qualidades de vida. Espero que ao menos a tarefa de criar, me traga um bom fruto que me faça ter contentamento pela vida. Desse campo conclui que gerar uma vida é deslumbrante biologicamente, mas é como lhe desbastar um membro por um bom tempo.
Este é o mundo do sofrimento, mesclado de momentos agradáveis e de muitas mentiras, o mundo onde ouvimos que viver é bom, que Deus é pai e quer o melhor para você, e que ventos melhores virão, mas sabemos que a cada ano que passa aumenta a chance de surgir um câncer, um enfarto, demência, fraqueza mental e corporal, e de diminuir a memória, a paciência, a vitalidade e pior, a beleza, e assim sobrevivo, passando por náuseas, decepções e dores, e esperando por um acontecimento que possa modificar minha vida. 
    Enquanto isso concluo que a maior parcela da tal felicidade é química, ou melhor, bioquímica. Pessoas que insistem em mostrar seus dentes em sorrisos planejados e forçados se enganam, e são fracas de caráter, pois  precisam divulgar que estão felizes, não sabem que momentos felizes são naturais e se são legítimos  não lhe dão subsídio para usar isso como armadura, como aquelas pessoas do tipo: "eu sou feliz e você não é, sou melhor que você e você me inveja", essas são as que mais temo ao meu redor, mas aprendi muito com elas, a ser cautelosa, natural e genuína, pois agradar também cansa, e eu gosto de sorrir e dar risadas, mas com autenticidade, assim minha vida social e amorosa ficaram bastante detalhadas pela necessidade de joeirar, pois gosto de estar a vontade, e isso não dá para viver quando estamos sempre cercados de gente, assim, prefiro a companhia dos meus felinos, e poder relaxar meu corpo que anda muito mais exigente do que antes. E de uma parcela dessas mesmas pessoas que pregam a falsa felicidade, muitas são as que discriminam as pessoas, ou seja, o ser humano desenvolveu intelecto, mas não retirou corretamente as aparas da incoerência. 

Luciana Rebello





quinta-feira, 18 de abril de 2013

GATINHOS PARA ADOÇÃO RESPONSÁVEL

 Estou tratando desses 4 meninos, que já se encontram desverminados e com aplicação de produto anti-pulgas. Em breve serão castrados. São verdadeiros moleques, brincam constantemente, ronronam no colo e são muito dóceis.
Todos foram resgatados e permanecem comigo. Interessados em ajudar ou adotá-los, deixe mensagem para nos comunicarmos.









 
 























segunda-feira, 1 de abril de 2013

A VIDA QUE OUÇO E NÃO DIGIRO

Joselito frequenta aos domingos, cultos evangélicos com a esposa, mas no trabalho trai a esposa.
Joaquim frequenta aos domingos, a missa do P. Cornélio, mas envenena os gatos da vizinha.
Raimundo é um homem muito engraçado e bem humorado, mas envenena cães que latem demais.
Paulo trabalha na área da justiça, e favorece processos de parentes e amigos, antes de outras pessoas que já estavam inscritas.
Josefina é branca, e acha que toda negra é feia.
Argemiro sempre brincava e levava seu cão para passear, mas quando o cão envelheceu e perdeu os movimentos, ele o abandonou em um cemitério.
Cacilda achou uma gatinha em um muro e a levou para seu filho, quando a gatinha engravidou, jogou seus filhotes em uma caixa de papelão em uma rua distante.
Erisberto quer ser enfermeiro e cuidar de doentes, mas forjou seu estágio.
Josimara é negra e ativista e acha que todo branco é racista.
Mariano diz que não é racista, mas diz que não gostaria que a filha casasse com um negro.
Adriano é negro, e boicota todos os brancos por conta dos problemas que enfrenta da questão racial.
Evangivaldo é flanelinha, e quando alguma mulher não lhe dá dinheiro, ele fica agressivo.
Aurélio é heterossexual e diz que sua vida vai muito bem, mas vive incomodado com o cunhado que é gay.
Darlene é heterossexual e evangélica, e nunca aceitou a homossexualidade da filha, expulsou-a de casa.
Cida matriculou sua filha na creche, disse para a filha não fazer amizade com coleguinhas mais escurinhos.
Ana contou um segredo íntimo para sua amiga Joice, Joice contou o segredo para a mãe, a irmã, uma colega da faculdade e o namorado.
Severino jogou um ovo no prefeito após uma enchente, mas acha mais fácil jogar seu lixo no córrego.
João é espírita, educado e simpático, mas fala mal de nordestinos que frequentam o mesmo centro.
Neide critica a escola pública, mas agrediu um inspetor escolar, quando seu filho agrediu um professor.
Renato é muito simpático e faz muitos amigos, mas não cumprimenta com beijo portadores de vitiligo.
José é um inteligente pedagogo, mas diz que todo homem que cria gato é gay.
Cleuza reclama muito da falta de segurança, mas finge que não sabe que o filho guarda cocaína na gaveta.
Clara reclama do barulho dos filhos da vizinha, mas seu filho ouve músicas com teor de apologia ao crime.
O noivo de Carla flertou com uma amiga dela, ela não conversa mais com a amiga, e disse que ele é homem.
Cremilda sempre defendeu as crianças, mas teve sete filhos, teve que deixar dois com a mãe pobre no Piauí,    um com a avó materna e outro com a ex-sogra.
Lucas é um menino muito estudioso, sua mãe se orgulha muito dele, mas no quintal ele brinca de estilingue, e atira pedras em pardais, enquanto ela lava roupas.
Clemente sempre foi pobre, mas quando conseguiu um emprego melhor, abandou a esposa e as filhas.
Estela é enfermeira, mas discrimina portadores de hiv.
Raul não deixa a filha namorar, mas já incentivou o filho a assediar as empregadas de casa.
Lourdes adora crianças, mas não brinca com crianças com síndrome de Down.
Henry é médico, e sonhava em salvar vidas, mas já maltratou pacientes com seu mau-humor.
Jucimara sempre quis agradar o chefe, sabotou o trabalho de alguns colegas e conseguiu uma promoção, hoje atua no departamento de apoio ao cliente.
Elenilson posta mensagens de paz para os amigos, mas financia o tráfico comprando maconha.
Cleoneide é evangélica fervorosa, trabalha como empregada doméstica, mas de vez em quando furta pequenos objetos que acha que não farão falta para a patroa.
Jacob é gentil com sua namorada, mas já maltratou um garçom na sua frente.
Leopoldo diz que é comunista, abriu um negócio e prosperou, hoje tem doze funcionários que recebem um  salário mínimo cada.
Josenilton sempre odiou policiais e ria quando ouvia a notícia da morte de algum, quando estupraram sua filha, ligou para a polícia.






Eis um rol das hipocrisias que mais me assustam. Nos comentários você pode citar outras, inclusive as minhas, de amigos, de desconhecidos, ou quem sabe as suas.