Coronavirus (Resfriado)
Os vírus são indivíduos formados por material genético e uma cápsula de proteína, e em alguns casos um envelope como envoltório extra, não formando célula, aliás, são muito menores do que uma, e são parasitas delas, principalmente as de animais. Em muitos casos, as doenças virais são de difícil tratamento, assim a humanidade tem sido flagelada por doenças virais desde tempos remotos, e com o aumento da população, intensos movimentos migratórios, tanto de humanos como de animais como aves que o fazem instintivamente; a domesticação de animais, e a grande quantidade de criadouros; o risco de epidemias é sempre considerável, sendo que após a remota domesticação de camelos, carneiros, bois, porcos e aves, e o contato com suas secreções e excrementos, surgiram importantes fatores geradores de risco para a humanidade, e como se não chegasse isso tudo, convivemos com os arbovírus, vírus que são transmitidos por artrópodes como os mosquitos (dengue e febre amarela) que têm se adaptado nas áreas urbanas. O grande problema dos vírus, que têm dimensão muito pequena, é que eles podem sofrer mutações e outros rearranjos genéticos, deixando nossa espécie sempre vulnerável à novas infecções.
Rhinovirus (Resfriado)
Hoje eu quis discorrer sobre a gripe e o resfriado, muitas vezes confundidos, e também tendo suas causas confundidas com origem bacteriana e fatores físicos. Inclusive, estamos na época da gripe sazonal. A gripe e o resfriado são doenças com muitas semelhanças, porém são distintas. As duas doenças são de origem viral, e são transmitidas por meio de gotículas de saliva ou secreções nasais que inalamos oriundas de pessoas contaminadas com os micro-organismos causadores, sendo que apresentam como sintomas: cansaço, indisposição, dores musculares, corrimento nasal e inflamação das tonsilas em intensidade variáveis.
O resfriado é geralmente mais brando que a gripe, e é uma infecção das vias respiratórias superiores, acometendo o nariz e a garganta, causando coriza, mal-estar, indisposição e febre pouco intensa ou ausente.
O resfriado pode durar alguns dias ou semanas. Mais de um tipo de vírus pode ocasionar o resfriado, sendo os tipos mais comuns, os rinovírus e os coronavírus. O vírus destrói o revestimento interno das vias respiratórias, leva a vasodilatação das áreas afetadas causando obstrução nasal junto à coriza, diminuindo olfato e paladar. As reações imunológicas incomodam muito o doente, junto aos espirros e a tosse.
Como não existe antibiótico efetivo contra os vírus, se faz o tratamento dos sintomas, oferecendo condições para a recuperação, tomando muito líquido, fazendo gargarejos, repouso, uso de analgésicos e antitérmicos.
Mas quando se trata de gripe, os sintomas são mais intensos e podem ser até incapacitantes, com sintomas que surgem em até uma semana após a exposição ao vírus, e perduram por aproximadamente cinco dias. A gripe é comum em todas as partes do mundo, e é causada pelo vírus Influenza, que é um vírus de RNA da Família Orthomyxoviridae, altamente contagioso e com grande capacidade de mutação. Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois últimos acometem apenas a nossa espécie, sendo o do tipo C o mais brando e menos frequente. Já o Influenza A, é capaz de infectar diversas espécies animais, sendo também o responsável pelas epidemias e pandemias gripais. Este é classificado em subtipos, de acordo com o arranjo das moléculas de sua superfície , as hemaglutininas e as neuraminidases. Na gripe, a febre é mais intensa, assim como as dores pelo corpo, sensação de fraqueza e os incômodos no trato respiratório e tonsilas. Geralmente o corpo consegue gerar imunidade contra a gripe, mas pegamos outros vírus com variabilidade genética e adoecemos novamente, por isso que a vacina é diferente a cada ano.
Nos séculos XX e XXI ocorreram três pandemias: a gripe espanhola, entre 1918 e 1919, causada pelo H1N1; a gripe asiática, de 1957 a 1958, pelo H2N2; e a gripe A (gripe suína), em 2009, sendo o H1N1 responsável por ela.
Influenza (Gripe)
Crianças até 23 meses de idade, idosos, portadores de doenças crônicas, pessoas imunodeprimidas, diabéticos e pneumopatas, geralmente estão mais suscetíveis a este vírus, uma vez que tendem a ter o sistema imunológico mais frágil e, por isso, os riscos de desenvolver complicações são maiores, como a pneumonia causada diretamente pelo vírus influenza (pneumonia viral); pneumonia bacteriana (quando bactérias se aproveitam da fragilidade do organismo e infectam os pulmões); acometimento dos músculos (miosite) ou do sistema nervoso (encefalite ou polirradiculoneurite, por exemplo).
Dicas:
Sempre manter as mãos limpas, lavando com água e sabão, pois as mãos são importantes veículos para patógenos;
Evitar quando possível, aglomerados de pessoas, principalmente se houver pessoas doentes nestes locais;
Quando doente, o ideal é utilizar máscaras, como se faz por exemplo no Japão, mas infelizmente aqui no Brasil esse hábito é incomum.
Não deixar de vacinar-se anualmente, caso pertença ao grupo de risco (idosos, imunocomprometidos, profissionais da saúde, etc.).
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